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Críticas

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Um olhar de pássaro
Página publicada em: 13/01/2017
Chumbo Pinheiro
"E é assim Clauder Arcanjo, que a partir de um olhar para o voo majestoso de uma garça aguça ainda mais o seu olhar de pássaro e que tendo nas veias lápis voa mesmo sem asas, com as pontas dos dedos." (Confira, a seguir, na íntegra, o que escreve o articulista Chumbo Pinheiro sobre "Uma garça no Asfalto", de Clauder Arcanjo)
A arte da escrita tem se apresentado com vigor e brilho no solo literário potiguar. Vemos surgir novos poetas, contistas, cronistas que enriquecem com seus talentos a produção literária norte-rio-grandense. Vão se afirmando e ocupando seus espaços no cenário da literatura; livros, revistas, jornais divulgam a nossa criatividade; editoras locais e nacionais, sites e outras mídias eletrônicas postam e publicam nossos autores.
 
Escritores que cantam as nossas belezas, nossos sentimentos e transformam as agruras do dia a dia em palavras que aliviam com sua serenidade e força a luta pela vida. Fazem com seu olhar uma leitura para além da superficialidade com a qual observamos os fatos. Extraem do que parece corriqueiro e banal ou do inusitado, a essência mais sublime dando-lhes um significado e um sentido que muitos de nós na maioria das vezes somos incapazes de perceber.
 
Entre os gêneros literários que parecem realizar com maior perspicácia esta leitura dos fatos cotidianos e transformá-los compreensivelmente mais amenos e até mesmo agradáveis e explicativos está a crônica. Neste sentido, temos aprendido muito com os mestres desde Machado de Assis, passando por Rubem Braga e Fernando Sabino.
 
E como não lembrarmo-nos de Dorian Jorge Freire, Berilo Wanderley, Sanderson Negreiros, Vicente Serejo, dentre outros. Soma-se a estes nomes Clauder Arcanjo, potiguar de coração, com o seu livro Uma garça no asfalto. Segundo o escritor-editor Nicodemos Sena, que escreveu para a orelha do livro, “O título... remete ao tema das “coisas fora do lugar”. E ao absurdo que está na base de toda boa literatura...”.
 
E é assim Clauder Arcanjo, que a partir de um olhar para o voo majestoso de uma garça aguça ainda mais o seu olhar de pássaro e que tendo nas veias lápis voa mesmo sem asas, com as pontas dos dedos. Com seu estilo esmerado eleva as figuras humanas e as coisas mais simples. Tiramos daí lições e exemplos do amor filial e materno como em Tributo à mãe desconhecida, Mãe com fome; Percebe a honra do trabalho na altivez do vendedor de cocadas, Cocada com açúcar, lição e afeto; a nobreza do engraxate, O lorde da graxa; a grandeza humana na solidariedade e compreensão da empregada doméstica, Helena.
 
Clauder em seus voos dialoga com Bandeira, Machado, Drummond; com os escritores do seu tempo, Manoel Onofre Junior, David de Medeiros Leite, Antonio Francisco; com poetas e pessoas anônimas que nos ensinam o valor e a beleza de um aceno e de um abraço que nos faz parar para refletir sobre estes gestos que parecem tão simples, contudo, expressam a maior grandeza humana.
 
Fica ao leitor, portanto, o convite: embarque nas asas da garça e nas páginas do livro e mais que o cheiro do asfalto dos nossos dias corridos sinta exalar o perfume das virtudes humanas tão necessárias nos dias de hoje.
 
__________________
*Luís Pereira da Silva, que assina com o pseudônimo de Chumbo Pinheiro, é poeta e articulista. Autor de Alguns livros potiguares, e coautor de Nei Leandro de Castro - 50 Anos de Atividades Literárias

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» Fiodor Mikhailovich Dostoievski

Já na estreia, com "Gente Pobre", publicado quando Dostoievski tinha apenas 25 anos, o crítico mais influente da Rússia, Vassilión Bielínski, vaticinou o surgimento de um gigante da literatura, comparável a Gógol e Pushkin, considerados os maiores escritores da Rússia. Recebido como “a primeira tentativa de se fazer um romance social” no país dos czares, "Gente Pobre" entretanto já prenunciava a incisiva e subterrânea sondagem psicológica da humanidade ‘humilhada e ofendida’ que se observa em todos os seus romances, e que levou o pai da psicanálise, Sigmund Freud, a considerar "Os Irmãos Karamazov" (1879) a “maior obra da história”.

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