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Mariano Azuela
Página publicada em: 17/04/2021
Escritor mexicano do século XX dos mais fecundos, de aguçada preocupação social; seus romances rompem os limites do gênero épico e constituem-se num marco inquestionável da Literatura latino-americana. Na apresentação desta primeira edição brasileira de "Os de baixo", outro grande escritor mexicano, Carlos Fuentes, escreve: "Debaixo dessa lápide de séculos saem os homens e mulheres de Azuela: são as vítimas de todos os sonhos e todos os pesadelos do Novo Mundo".
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Mariano Azuela, médico e romancista, nasceu em Lagos de Moreno (1873) e faleceu na cidade do México (1952). Com o romance Los de abajo (1915) e um conjunto amplo e diversificado de obras, que vão da novela, teatro até à crítica, é considerado o maior expoente do chamado “Romance da Revolução Mexicana”.
 
Estudou medicina em Guadalajara, Jalisco. Após a queda do governo de Francisco I. Madero, na sequência do golpe de Victoriano Huerta, juntou-se à causa Constitucionalista, que procurou restaurar o estado de direito. Seu envolvimento no conflito deu amplo material para escrever Os de baixo, impressionante afresco dos sísmicos tremores que sacudiram a sociedade mexicana na primeira parte do século XX.
Em Fracasados (1908) e Mala yerba (1909), Azuela retratou a tensão social que precedeu a eclosão da luta armada. Com sua clareza para apresentar fatos, o tom inegável de crítica social e oposição à ditadura de Huerta, Os de baixo inaugura um estilo novo — em sintonia com a luta armada na qual se destacam quadros rápidos, violentos, realistas, em que predominam o caos, a cólera e o afã de vingança — de um gênero cuja prática estendeu-se até o século XX, com títulos como Pedro Páramo (Juan Rulfo) e A morte de Artemio Cruz (Carlos Fuentes).
 
Pelo seu intenso apelo como depoimento, Os de baixo foi traduzido para várias línguas.
Depois da publicação de Os de baixo, Azuela avançou em seu estudo da vida mexicana nas áreas rurais e urbanas, meios agrícolas e família política. As obras desse período são amargas e nunca estão livres de uma ironia cruel. A esse período pertencem as novelas Os caciques (1917), As moscas (1918), As tribulações de uma família decente (1918), Nova burguesia (1941), A marchanta (1944), A mulher domada (1946) e A maldição (1955).

Sua filiação maderista levou-o a ser nomeado chefe político de Lagos, cargo ao qual, todavia, renunciou, desiludido com a “nova política”.
Com a morte de Madero e perseguido por seus inimigos políticos, Azuela incorporou-se às forças villistas de Julián Medina. De suas experiências como militar e do que contemplou no campo de batalha surgirá o tema para Os de baixo, publicado primeiro em folhetim no Texas.
Após a derrota do legendário Francisco “Pancho” Villa, como ficou conhecido Doroteo Arango, Azuela refugiou-se em El Paso, Texas. Em 1916, já afastado da política, regressa à cidade do México para exercer a medicina e escrever mais disciplinadamente. Atendendo numa casa beneficente da colônia de Peralvillo, dedicou-se a observar o meio que o rodeava, colhendo anotações que utilizaria em várias de suas novelas.
Escritor visceralmente comprometido com “a verdade”, sobre si mesmo escreveu: “Em meus romances exibo virtudes e vícios sem paliativos nem exaltações, e sem outra intenção que a de dar com maior fidelidade possível uma imagem fiel de nosso povo e do que somos”.

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» Hernâni Donato

Hernâni Donato já foi chamado de "o homem dos sete instrumentos". Isto porque, aos 89 anos de idade, membro da Academia Paulista de Letras, é autor de mais de 70 livros, nos mais variados campos da atividade humana, indo da literatura infanto-juvenil à biografia, da historiografia aos costumes, da pesquisa à divulgação científica. Entre as numerosas traduções que realizou, destaca-se a da "Divina Comédia", de Dante Alighieri, em prosa e para divulgação entre o povo. Mas foi no romance que se deu a perfeita combinação do observador minucioso, na linha do cientista social, com o escritor de estilo claro e elegante. É o autor de "Selva Trágica", "Chão Bruto", "Rio do Tempo", "O Caçador de Esmeraldas" e "Filhos do Destino", sucessos editoriais nas décadas de 1950 e 60. Alguns críticos, como Abdias Lima (“Correio do Ceará”, 2/2/1977, Fortaleza, CE), aproximaram Hernâni Donato de Erskine Caldwell e John Steinbeck, a geração norte-americana da revolta, o Caldwell de "Chão Trágico" e o Steinbeck de "As Vinhas da Ira".

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