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Obras Selvagens

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Peregrinações Amazônicas
Página publicada em: 22/05/2012
Fábio Lucas / Preço: R$30,00 (184 pág.)
R$ 30,00
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FLORESTA PENSANTE - Texto de orelhas
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A "realidade amazônica" desponta, neste livro de Fábio Lucas, autêntica e íntegra, como relembrança de uma “viagem” mais sentimental do que geográfica. Não mais o olhar alienígena – autossuficiente, arrogante e muitas vezes deformador – do naturalista, aventureiro ou “turista”, que insistia em afirmar que a Amazônia era apenas um espaço vazio e acéfalo, infestado de insetos, répteis e índios indignos de continuarem vivos.
 
Em suas “peregrinações”, Fábio Lucas escutou (e “eufonizou”, como diria Abguar Bastos, o paraense que propagou o Modernismo na Amazônia) as melhores vozes deste Brasil das catedralescas florestas e de uma malha fluvial com cerca de 4.000 rios; um Brasil muito falado e ainda tão pouco conhecido, embora represente 60% do território brasileiro; um Brasil que gera “preocupação” e desperta a cobiça nacional e estrangeira.
 
A Amazônia aguardava um livro como este de Fábio Lucas, que a interpretasse com senso crítico e sensibilidade, lançando luzes sobre questões mal-resolvidas. O estilo “grandíloquo e aliciante” de Euclides da Cunha, que ainda causa perplexidade em muitos, não paralisou o pensador social, o crítico literário meticuloso, que não titubeia em apontar-lhe os acertos – como, por exemplo, a atitude crítico-assimilativa que Euclides utilizou, “sem passividade e sem basbaquice”, em face da ciência estrangeira (p.68). Mas também mostra os erros, como o de considerar o sertanejo uma “sub-raça”, o negro e o índio “raças primitivas” e o cruzamento étnico “um desastre genético” (p.65).
 
Fábio Lucas observa que, não raro, o contexto de uma natureza física “grandíloqua e majestática” termina por invadir o texto da maior parte dos que se atrevem a movimentar personagens no cenário amazônico.
 
Com um olhar seletivo sobre o que já se pensou e escreveu “na” e “sobre” a Amazônia, Fábio Lucas estabelece um roteiro seguro e indispensável para quem quiser tomar posse do conhecimento existencial e filosófico dessa outra Amazônia que o Brasil e o mundo desconhecem – uma Amazônia pensante, sensível, inteligente, representada por escritores, poetas, ficcionistas, historiadores, sociólogos e filósofos de grande valor, como João de Jesus Paes Loureiro, Olga Savary, Thiago de Mello, Jorge Tufic, Astrid Cabral, Aníbal Beça, Age de Carvalho, Márcio Souza, Ferreira de Castro, Abguar Bastos, Inglez de Souza, Dalcídio Jurandir, Benedicto Monteiro, Leandro Tocantins, José Veríssimo, Arthur Cezar Ferreira Reis, Benedito Nunes... e tantos outros nomes significativos que passam pelas páginas deste livro imprescindível.
 
Fábio Lucas também amplia e enriquece o painel das ‘letras amazônicas’, tornando-o ainda mais representativo, ao incluir no seu campo de análise as obras de Ferreira Gullar e Nauro Machado, dois ícones da poesia do Maranhão, Estado situado em zona de transição entre o Norte e o Nordeste brasileiros, e que, histórica e geograficamente, mantém fortes vínculos com a Amazônia.
 

N. S.

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Autores Selvagens

Autor

» João Batista de Andrade

Nasceu na cidade mineira de Ituiutaba, em 1939, e vivenciou complexos momentos da recente história do Brasil, como o período da Ditadura Militar (1964-1985). Premiado e aclamado como cineasta, sempre alimentou entranhada relação com a literatura, que se manifesta em sua filmografia, quer na urdidura dos roteiros, quer na transposição para as telas de obras literárias, como os romances "Doramundo" (Geraldo Ferraz), "Veias e Vinhos" (Miguel Jorge) e "O Tronco" (Bernardo Élis). Enquanto colhe louros como cineasta, vai publicando os seus livros, sete até este momento (o último intitula-se "Confinados: memórias de um tempo sem saídas").

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